Como discutir igualdade de oportunidades e de direitos sem inserir as mulheres num programa de políticas públicas que sejam de fato eficientes?
Estela Bezerra já faz parte do cenário de luta pelos direitos das mulheres desde o início da sua vida pública, independente de sua atuação política. Participante ativa dos movimentos feministas na Capital, Estela pautou o combate à violência contra a mulher, a equidade de gêneros, a necessidade de fortalecer a sororidade e a luta para combater o machismo e opressão feminina.
A parlamentar destaca as ameaças que as mulheres sofrem diariamente. “Estamos na presença de um aumento galopante no número de feminicídios, isso significa que as mulheres são mortas por serem mulheres e cujos autores do crimes são companheiros e ex companheiros. É muito grave uma sociedade em que a mulher vive em maior insegurança no seu espaço doméstico”.
As mulheres representam mais da metade da população na Paraíba, mas não ocupam cargos nas áreas de política e economia na mesma proporção, além de receberem em média, salários 30% menores que os homens. Essas divergências só retratam o modelo de discriminação e machismo que estamos inseridos, onde o papel social da mulher continua sendo pré estabelecido. É preciso oportunidades iguais de direitos.
Na Assembleia Legislativa, Estela cobra uma atitude efetiva. “Essa Casa precisa se posicionar, porque existe a ação material de implantar delegacias e realizar campanhas, mas é sobretudo na mensagem simbólica, para que se mude um modelo de cultura e possamos defender o valor da mulher na sociedade. Nós temos o direito de uma vida com integridade”.
Num contexto de supressão de direitos e incentivo à violência com o discurso institucional, Estela reforça que é preciso pensar no papel da mulher enquanto agente de transformação social, ativa e participativa. “Mais que um compromisso de mandato, é um compromisso de vida, que faz parte da minha história e é um dos pilares essenciais do mandato”, finalizou.
ascom