A insana ideia de querer quebrar o isolamento e causar uma tragédia e o péssimo exemplo da Itália

By 13 de abril de 2020Brasil

Um pouco antes do decreto de calamidade publica ser instalado e antes mesmo do isolamento ser uma determinação, publicamos aqui o relato de uma paraibana que mora na Itália. Ela nos contou como estava sendo o cotidiano da família, das crianças, as preocupações, como estavam funcionando os supermercados, as orientações do governo…

Quando o relato foi publicado, em 13 de março, a Itália já vivia 3 semanas de quarentena. Naquele momento, as pessoas já não podiam sair à rua a não ser em caso de emergência. As escolas já estavam fechadas e o comércio já não estava abrindo, exceto supermercados e farmácias.

Acompanhe o relato aqui.

Dois dias depois da matéria ser publicada, a Itália registrou 1.809 mortes e o número de infectados estava em 24.747.

Exatamente um mês depois, 19.468 pessoas morreram na Itália pela Covid-19. O país tem mais de 152 mil infectados.

A Itália foi um dos países que mais demorou em adotar regras de controle e isolamento. O prefeito de Milão chegou a pedir desculpas em público.

A boa notícia é que o número de mortos começou a baixar e o número de pessoas curadas começou a subir. Ainda assim, as autoridades italianas querem manter o confinamento da população.

Agora façamos uma pequena análise.

Mesmo com isolamento total, a Itália se viu diante de um aumento vertiginoso de mortes. Uma catástrofe.

Aqui no Brasil, também se demorou a agir. Sendo bastante positiva, acredito que o país conseguiu cumprir uma semana de isolamento, talvez duas. Os governadores (especialmente no Nordeste), estão segurando as pontas e tendo que tomar atitudes sem o aval do Governo Federal, que por sua vez, bate cabeça. O presidente, que já não é mais, com seu comportamento doentio e criminoso, endossa a  irresponsabilidade de pessoas que preferem acreditar no tiozão do whatsapp. Estamos preocupados com a economia? Estamos. Mas e com as vidas, quem se preocupa?

É revoltante e angustiante o que acontece no Brasil. Não temos testes para todos, não temos estrutura hospitalar para todos, não temos profissionais. O pouco que se tenta fazer em termos de conscientização, é totalmente destruído por um semi-zumbi-ególatra, que tenta a todo custo comer as migalhas do que restou de um governo que já começou desastroso.

A Itália pagou um preço alto pela arrogância. Acredito que o Brasil pagará um preço ainda maior.

Taty Valéria

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