A pandemia e a triste realidade das mulheres enfrentando a violência onde deveriam estar seguras

By 14 de abril de 2020Machismo mata, Paraiba

Restrições de movimento, isolamento físico e aumento das pressões socioeconômicas em todo o mundo levaram a um aumento da violência contra mulheres e meninas desde o início da pandemia de COVID-19. Desde o início do confinamento, o Paraíba Feminina vem destacando esse tema em suas pautas.

Como afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a paz não é apenas a ausência de guerra. “Muitas mulheres em quarentena, por conta da COVID-19, enfrentam violência onde deveriam estar mais seguras: em suas casas”.

As Nações Unidas pediram que os governos dediquem financiamento nos planos nacionais de resposta à COVID-19 para abrigos de proteção contra violência doméstica, um suporte maior às linhas telefônicas de apoio, incluindo serviços de texto (para que as denúncias de abuso possam ocorrer discretamente), suporte jurídico on-line e serviços psicossociais para mulheres e meninas.

Aqui na Paraíba, algumas ações já foram tomadas, como o serviço de B.O online para casos de violência doméstica, e a renovação on-line de medidas protetivas.

Mesmo antes do surto da COVID-19, ao menos uma em cada três mulheres e meninas já tinha sofrido violência física e/ou sexual, uma das violações dos direitos humanos mais comuns no mundo. Em áreas com alta prevalência de HIV, verificou-se que a violência por parceiro íntimo aumenta em 50% o risco de mulheres adquirirem o HIV. O fim da violência contra mulheres e meninas deve ser uma prioridade em todos os lugares.

Quando centenas de milhões de mulheres e meninas continuam sujeitas a abuso e violência, isso tem um custo enorme para elas e para suas famílias, comunidades, sociedades e para o desenvolvimento econômico.

A epidemia da violência doméstica contra mulheres e crianças, incluindo abuso e exploração sexual, já era um problema no Brasil e no mundo. Com o confinamento das famílias e a crise econômica, que afeta especialmente as mulheres, essa crise humanitária pode chegar a estatísticas alarmantes. 
da redação, com informações do portal das Nações Unidas

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