Como está sua saúde mental? Os danos irreversíveis da pandemia e a história da mulher abandonada por ter sintomas do coronavírus

By 15 de abril de 2020Vá se tratar

Não há dúvidas de que o confinamento, o medo do Covid-19 e a crise econômica estejam trazendo danos significativos na saúde mental das populações de todo o mundo.

Se aqui no Brasil, o deboche com quem já morreu e com o sofrimento de centenas de famílias se transformou numa micareta com caixões em plena Avenida Paulista, na Bolívia uma mulher foi simplesmente deixada na rua por apresentar os sintomas do coronavírus.

O caso ocorreu no último sábado, na Bolívia, e gerou revolta na população local.

Segundo a publicação, a mulher de 35 anos —que não teve a identidade revelada— foi levada até a calçada em frente de sua casa para evitar um possível contágio. Ela aparece em imagens que viralizaram nas redes sociais sentada em uma poltrona, coberta com um lençol e usando máscara de proteção facial.

Um médico, que mora próximo de sua residência, soube do ocorrido e fez o atendimento inicial na própria rua. A ele, a moça que respirava com dificuldades afirmou que dias atrás estava com dores no corpo e que na sexta à noite sentiu um pouco de febre.

Somente depois disso, o médico e um representante dos Direitos Humanos entraram em contato com autoridades de saúde, que demoraram a chegar. Ela foi levada para um hospital e, horas depois, médicos descartaram a possibilidade de coronavírus e a diagnosticaram com amigdalite.

A mulher recebeu alta e voltou para casa caminhando.

Segundo a ativista, que conseguiu a ambulância para levá-la ao hospital, a mulher mora de aluguel com o marido em um prédio onde há outros inquilinos.

Teriam sido eles que pressionaram o homem a levá-la para a calçada. Em entrevista ao jornal “El Deber”, Juan Saavedra, responsável pela rede de saúde na região, não descartou uma ação criminal contra a família por deixá-la na rua.

“Uma ação criminal contra a família não é descartada por tê-la retirado dessa maneira e por não ter fornecido a ajuda necessária. O fato de ter recursos limitados não justifica a atitude de levá-la para a rua”, disse o chefe médico.

do UOL

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