Em 2019, Aela Mansmann fez um post que ganhou grande repercussão nos Estados Unidos. A aluna da escola Cape Elizabeth, no estado do Maine, publicou uma foto de um post-it no espelho do banheiro em que dizia: “Há um estuprador em nossa escola e você sabe quem é”. Logo depois, Aela foi suspensa, e a escola alegou que o motivo da suspensão foi por ela ter praticado bullying com a sua postagem, mesmo não tendo identificado uma pessoa especificamente.
Aela afirmou que estava “de saco cheio” pela quantidade de assédio e abuso que suas colegas mulheres contavam ter passado, inclusive sem nenhuma consequência para os agressores.
Depois do post de Aela, vários outros alunos da escola começaram a deixar mensagens em post-its nos banheiros da escola com breves relatos dos abusos que estavam sofrendo. A escola começou uma investigação, mas nenhum abusador foi punido. Pelo contrário, um dos acusados de assédio denunciou Aela por bullying, e ela acabou sendo suspensa.
A jovem, porém, não deixou por menos e exigiu seus direitos. Seus pais entraram na Justiça para derrubar a suspensão, e conseguiram. A escola recorreu e o caso foi para a segunda instância. Só na última semana, uma corte federal em Boston decidiu que a suspensão deveria seguir derrubada.
Segundo Alea, a decisão é uma vitória para estudantes e defensores de vítimas de violência sexual. Ela ainda disse que vai continuar usando sua voz para falar por sobreviventes de estupro, e pretende trabalhar com estudantes de todo o país que as escolas mudem suas políticas de ação contra agressões sexuais.
do site Universa