Uma rua da cidade de Fortaleza, no Ceará, será a primeira do Brasil a levar o nome de uma travesti. A rua Dandara Ketley ficará no bairro Bom Jardim e homenageia Dandara, brutalmente assassinada em 2017.
De autoria do vereador Ronivaldo Maia (PT), o decreto Legislativo quer aproveitar a homenagem para conscientizar sobre a necessidade de políticas públicas que promovam proteção e cidadania a todos os cidadãos.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta o estado do Ceará como o segundo em mortes de pessoas trans no Brasil (de janeiro a outubro de 2020) com 19 casos. O estado só fica atrás de São Paulo, com 21 assassinatos.
A repercussão do caso levou à uma reação bem rápida. Dos 10 indicados no caso, cinco adultos foram levados à júri popular e quatro adolescentes estão cumprindo medidas sócio educativas. Um último envolvido, Francisco Wellington Teles, o homem que pilotava a moto que levou Dandara à morte, estava foragido até março de 2019, e ainda aguarda julgamento.
Três anos se passaram desde o assassinato de Dandara. O Brasil continua sendo campeão no assassinato de travestis e transexuais. No ano de 2019, foram confirmadas informações de 124 Assassinatos de pessoas Trans, sendo 121 Travestis e Mulheres Transexuais e 3 Homens Trans. Destes, encontramos notícias de que apenas 11 casos tiveram os suspeitos identificados, o que representa 8% dos dados e que apenas 7% estão presos.
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