Atenção, meninas! Pesquisa sobre efeitos da Covid-19 e zika na fecundidade das brasileiras busca voluntárias

By 24 de fevereiro de 2021Lute como uma garota

Pesquisadores estão em busca de voluntárias para participar de um estudo que vai avaliar os impactos da pandemia de Covid-19 e da zika na saúde reprodutiva e na fecundidade das brasileiras. O estudo, coordenado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, é feito em parceria com as universidades federais de Minas Gerais e de Pernambuco.

Em 2016, o grupo começou a analisar como a ocorrência de casos de zika afetava as intenções das mulheres relacionadas à gravidez. Agora, os pesquisadores pretendem analisar também essas consequências no cenário da pandemia de coronavírus.

A professora do Departamento de Demografia da UFMG Raquel Zanatta, coordenadora do estudo no Brasil, conta que pesquisadores estavam em campo, em Pernambuco, dando continuidade às análises relativas à zika, quando a Covid-19 começou a atingir o país. Diante disso, os pesquisadores resolveram, então, expandir a pesquisa para o contexto da pandemia.

A pesquisadora explica que o estudo é dividido em quatro etapas. Duas delas já foram realizadas em Pernambuco. Na primeira, foram realizadas entrevistas por telefone por meio da metodologia de discagem aleatória e, na segunda, foram feitas entrevistas em profundidade. E os dados obtidos na sondagem telefônica chamam a atenção.

“O que a gente já sabe é que, entre as mulheres pernambucanas que queriam engravidar, 28,2% revolveram adiar os planos. E 76,9% disseram ter medo de engravidar neste momento”, afirmou Raquel Zanatta.

As outras duas fases da pesquisa têm abrangência nacional: a pesquisa em profundidade, que também será aplicada para mulheres dos demais estados do país, e um questionário on-line, para o qual os pesquisadores estão em busca de voluntárias.

“O Brasil é tão diverso, e por isso, também esperamos que as consequências sejam diversas. Como a zika afetou de forma diferente as mulheres, dependendo da realidade, a gente supõe que isso também aconteça agora”, afirmou.

Para participar do estudo é preciso atender apenas a três critérios: ser mulher, morar no Brasil e ter entre 18 e 45 anos. O questionário leva em média 15 minutos para ser respondido e, segundo a pesquisadora, os dados são confidenciais.

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