Sem transar depois dos 50? Não estamos mais na idade média. Se você chegou nessa fase e notou diferença na vida sexual, fique tranquila. É normal que o corpo e as reações se modifiquem com o passar dos anos, e no caso das mulheres, ainda mais. Mas o que fazer para manter a atividade sexual de maneira prazerosa e segura após essa idade?
1. Mantenha a saúde física e mental: o corpo e a energia mudam, o que não precisa mudar é o desejo sexual. Nesse sentido, o exercício físico é de extrema importância, pois contribui para manter a forma e melhorar a elasticidade do corpo. Além disso, promove um bem-estar porque aumenta a liberação do neurotransmissor chamado serotonina, que é antidepressivo.
2. Invista no sexo preliminar: sim, as preliminares são ainda mais importantes nesse momento da vida. Todo o corpo é sensível e pode ser estimulado ao toque, especialmente seios e genitália. O clitóris é o órgão responsável pelo prazer sexual maior e pelo orgasmo. Cerca de 80-85% das mulheres só atingem o clímax com o estímulo do clitóris. Portanto, as preliminares são essenciais para acender a chama. Use a criatividade.
3. Tente algo diferente: após anos de relacionamento é comum que muitos casais acabem caindo na rotina e, consequentemente, o desejo sexual diminua. E a medida que o tempo passa, eles deixam de investir nos jogos de sedução, e o sexo vai ficando para trás. Por isso vale tentar um estimulante diferente.
Os vibradores e brinquedos eróticos são ótimas opções. Eles estão na “moda” e podem ser usados individualmente ou com parceiros e parceiras — não tem idade para usar e você pode se surpreender. Mas fique atenta: comprar muitos objetos de uma única vez pode gerar ansiedade e receio. A dica é começar aos poucos.
4. Diálogo: essa é a chave para qualquer relacionamento duradouro. Além disso, nessa idade, o casal já adquiriu maturidade suficiente para vencer os tabus e limitações. Por isso fale abertamente sobre tudo: o que gosta, os desejos, o que não gosta. E lembre-se: ninguém precisa apenas agradar o parceiro ou a parceira, sexo tem que ser bom para os dois, ou para as duas.
5. Melhore seu repertório sexual: para vencer a rotina é preciso aprender as várias maneiras de sentir prazer. Invista numa leitura, filmes, faça uma visita ao sex shop. Essas podem parecer dicas simples, mas nem todas fazem. Estimular uma fantasia é importante para ter mais desejo espontaneamente.
6. Use tecnologia: se você é tímida e não se sente confortável em falar, use a tecnologia a seu favor. Escreva para ele ou para ela e combinem conversas picantes pelos aplicativos.
7. Toque: se permita tocar, não apenas quando estiverem num encontro sexual, mas sempre. Pequenos gestos e contatos físicos, além de expressar afeto/carinho, podem também despertar o desejo.
8. Invista individualmente no erotismo: pense em sexo. Afinal, pensamos em diversas responsabilidades da vida como trabalho doméstico, vida profissional, finanças e filhos diariamente. Então por que não pensar em sexo e erotizar a mente? Ninguém vê e nem percebe. Só você usufrui dos pensamentos, que podem resultar em desejo.
9. Fique sempre confortável: identifique quais as melhores posições para você e vá em frente!
10. Paciência: seja paciente consigo mesmo. Se você fez tudo que estava ao seu alcance, mas não rolou, não precisa se culpar ou achar que é o fim da relação sexual. Isso pode acontecer com qualquer casal, independente da idade.
11. Procure manter a forma: a menopausa produz uma redução drástica do estrogênio, aumentando a gordura abdominal. Isso pode refletir na autoestima da mulher e comprometer o desejo sexual.
12. Cuidado com medicamentos: vale ficar de olho se algum medicamento está dificultando a relação sexual. Os inibidores seletivos da receptação da serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina, etc), os benzodiazepínicos, bem como determinados antidepressivos podem afetar negativamente a função sexual da mulher. Na dúvida, consulte uma especialista.
13. Cuide da “sua amiga”: na transição da menopausa e após esse período é frequente o ressecamento vaginal e a redução da lubrificação durante a relação sexual, que podem levar à dor conhecida como dispareunia. Ou seja, mesmo que a excitação esteja lá em cima, a lubrificação não acompanha. Nesses casos, procure uma ginecologista para solicitar um medicamento, hidratante vaginal ou até mesmo uma fisioterapeuta pélvica. Mas até resolver o problema, uma opção é usar lubrificantes.
14. Todos os momentos devem ser confortáveis. E vale ressaltar que o melhor sexo não tem a ver, necessariamente, com frequência, mas, sim, com qualidade. Uma relação de anos, por exemplo, tende a ser cada vez mais confortável e íntima.
da redação, com informações do Viva Bem