Um caso ainda com muitas lacunas e perguntas sem resposta. Foi feminicídio? Atentado? Vingança?
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, casada com um promotor de Justiça e mãe de 5 filhos, foi encontrada morta no sábado (3) pela manhã, em sua própria casa. O próprio marido, André Luís Garcia de Pinho, alegou em que ela teria se engasgado. Na manhã do domingo (4) vários veículos da polícia cercaram a rua do prédio onde o promotor reside e o levaram preso por suspeita de participação na morte da esposa. Os filhos foram levados por parentes da mãe.
O caso aconteceu no bairro Buritis, em Belo Horizonte. As circunstâncias da morte estão sendo investigadas pela Polícia Civil. André Luís foi ouvido nesta segunda-feira (5) em uma audiência de custódia que, segundo Robson Lucas, advogado de defesa, abordou os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão.
Após a morte de Lorenza, a cremação do corpo chegou a ser marcada para ocorrer ainda no domingo, no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande BH, mas a polícia teria demandado mais exames. O corpo seguiu então para exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML), mas os resultados não foram divulgados. A Polícia Civil afirma, apenas, que tem prazo legal de 30 dias para chegar a um resultado.
Atentados
O casal tem um histórico de atentados e ataques sofridos nos últimos anos, sem responsabilização ou elucidação de quem seriam os responsáveis.
Marido e mulher foram vítimas de uma agressão por dois homens quando estavam próximos a uma igreja evangélica no Bairro Vale do Sereno, em Nova Lima, na Grande BH. Três anos antes, o veículo de propriedade do promotor foi incendiado na vaga em que estava estacionado em uma rua do Bairro serra, na Região Centro-Sul de BH.
Um ano antes do incêndio, o casal sofreu um atentado a tiros quando trafegavam de carro pelo Bairro Sagrada Família, na Região Leste de BH. Ninguém se feriu, mas mais uma vez ninguém foi detido pelo ataque.
Por meio de nota do Gabinete de Segurança e Inteligência (GSI) e do Centro de Apoio das Promotorias Criminais (Caocrim), o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com as polícias Civil e Militar, informam apenas que “realizaram diligências na manhã deste domingo, 4 de abril, dando seguimento às apurações relacionadas aos fatos ocorridos na sexta-feira, 2 de abril, envolvendo a morte da senhora Lorenza Maria Silva de Pinho, esposa do promotor de Justiça André Luis Garcia de Pinho”.
A informação do MP é de que “foram cumpridas decisões proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Em função da decretação de segredo de Justiça, no momento não serão fornecidos mais detalhes. O MPMG lamenta a morte da senhora Lorenza Maria Silva de Pinho e se solidariza com os seus familiares e amigos”, finaliza a nota.
da redação, com Correio Braziliense