Desde o último levantamento do quadro da doença em crianças e adolescentes, realizado pelo Paraíba Feminina em março de 2021, houve um aumento de 45% no número de infectados entre 0 e 19 anos de idade. Até o dia 11 de março, os dados epidemiológicos da SES apontavam que um total de 22.479 crianças e adolescentes se infectaram com a doença. O número saltou para 32.671, sendo 11.339 crianças de até 9 anos; e 21.332 até os 19 anos.
Em relação aos pacientes graves, houve um aumento de 22%: em março, os números apontavam 433, sendo 228 até os 9 anos; e 205 entre 10 e 19 anos. De acordo com o último dado disponível, foram 529 pacientes em estado grave.
A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro concordou à CPI da Covid, nesta terça-feira (25), que defendeu a imunização de rebanho em crianças.
O relator Renan Calheiros mostrou um vídeo de maio de 2020, em que ela diz que: “Nós atrapalhamos a evolução natural da doença naquelas pessoas que seriam assintomáticas, como crianças e que a gente teria um efeito rebanho”.
Em mais de uma situação durante seu depoimento, Mayra defendeu a imunidade de rebanho entra as crianças e adolescentes.
O Brasil registrou, de 1º de abril do ano passado até 13 de fevereiro, 736 casos e 46 mortes de crianças e adolescentes pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19.
A SIM-P é uma grande resposta inflamatória, rara, que, em casos graves, pode acometer diversos órgãos e sistemas do corpo e levar à morte. Os principais atingidos são o sistema cardiovascular e o trato digestivo, e também há alterações na pele e nas mucosas.
Ela pode se desenvolver em pessoas de 0 a 19 anos que tiveram Covid-19 previamente e que, inclusive, já estão curadas da doença. Entre os sintomas, estão: febre, conjuntivite, manchas vermelhas no corpo, problemas gastrointestinais, dor abdominal, vômitos, inchaço nas articulações, tosse e falta de ar.
A imunidade de rebanho em crianças e adolescentes promovida e incentivada pela secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, se mostrou incoerente, e porque não dizer, criminosa.
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