Em Brasília: paraibano é condenado a 37 anos por feminicídio de advogada

By 23 de junho de 2021Brasil, Justiça, Machismo mata

Após 12 horas de julgamento, Marinésio Olinto, 45 anos, responsável pelo feminicídio da advogada Letícia Curado foi condenado a 37 anos de prisão, em regime fechado, pelo Tribunal do Juri de Planaltina. Marinésio está preso na Penitenciária do Distrito Federal (PDF1) desde maio do ano passado, quando foi condenado pelo estupro de uma adolescente.

O julgamento começou às 9h, em sessão restrita, por se tratar de um caso de violência contra a mulher. A representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi o promotor Nathan da Silva. De acordo com o advogado de Marinésio, Marcos Venício Fernandes, a defesa recorrerá “sob a alegação de que os jurados, em relação aos outros crimes, julgaram de forma contrária às provas dos autos”.

Memória

Em 23 de agosto de 2019, a advogada Letícia Curado esperava o ônibus em uma parada entre o Vale do Amanhecer e a DF-230, em Planaltina. Ela estava a caminho do trabalho, no Ministério da Educação (MEC), órgão no qual era servidora. Contudo, ela não chegaria ao destino.

Marinésio passou de carro pela parada e ofereceu uma carona à jovem. Dentro do veículo, ele tentou estuprá-la, mas Letícia reagiu. Diante da reação, o homem a estrangulou e ela morreu asfixiada. Letícia deixou marido e um filho, hoje com cinco anos.

Em seguida, Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha e roubou os pertences da servidora, como uma necessaire, um relógio e um pendrive. Os objetos foram encontrados dentro do automóvel quando ele foi preso em flagrante.

Marinésio nasceu em Bayeux, cidade paraibana com cerca de 96 mil habitantes. Aos policiais, contou que se mudou para a capital federal aos cinco anos de idade, com a família. Morou até os 20 no Paranoá. Casou em 2002 e se mudou para Planaltina.

Outras condenações

Esse não foi o único crime de Marinésio. Quando o caso do assassinato de Letícia Curado veio à tona, outra vítima reconheceu o homem e o denunciou por estupro. Segundo o relato da mulher, que, na época, abril de 2019, tinha 17 anos, ela foi violentada após ser coagida a entrar no carro de Marinésio, no Paranoá.

Por esse crime ele já foi condenado a 10 anos de prisão. Contra ele, ainda há a denúncia do homicídio de outra mulher, Genir Pereira de Sousa, em Planaltina, e pelo menos outros três estupros.

 

com informações do Correio Braziliense

 

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