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Era madrugada de 26 de fevereiro de 2017. Emanuelle Gomes tinha apenas 21 anos e estava em companhia da mãe, se divertindo numa boate em Anápolis, Goiás. Ao saíram do local, um grupo ofereceu carona, mas vendo que o carro estava cheio, a mãe de Emanuele desistiu, e tentou levar sua filha pra longe, mas Emanuelle foi sequestrada. A partir dali começou uma noite de terror, que só terminou com o assassinato da moça.
Consta no processo que, no trajeto até o local em que a jovem foi morta, enquanto um homem dirigia o veículo, outros três a estupravam no caminho.
A denúncia aprontou ainda que, em determinado momento, um dos homens passou a mão nas partes íntimas da vítima e percebeu que se tratava de um homem, ocasião em que disse: “Nem entregou o celular e ainda é homem, vamos matar”.
Emanuelle era uma garota trans e estava a poucos meses de fazer a cirurgia de ressignificação sexual.
Na sequência, os criminosos foram ao um lixão, às margens da BR. Os quatro retiraram Emanuele do veículo à força, arrastando-a pelos cabelos, oportunidade em que eles continuaram a praticar os estupros. Ela chegou a oferecer para os bandidos R$ 3 mil que teria em casa, mas ainda assim as agressões continuaram e ela foi assassinada.
A denúncia apontou ainda que todos passaram a agredi-la com com paus, pedras e parte de concretos até sua morte.
Conforme documento, além do homicídio, eles roubaram o celular da mãe dela e também tentaram matar um homem que passava pelo local do assassinato. Este homem foi encontrado inconsciente sobre o corpo Emanuelle.
Na última quarta-feira, 21 de julho de 2021, os quatro homens foram condenados pelo assassinato de Emanuelle Muniz Gomes. As penas variam de 26 a 35 anos de prisão.
Foram condenados:
- Daniel Lopes Caetano – 26 anos e 10 meses
- Reinivan Moisés Caetano – 26 anos e 10 meses
- Sérgio Cesário Neto – 34 anos e 2 meses
- Márcio Machado Nunes – 35 anos 4 meses
Eles já estão presos preventivamente desde maio de 2017, quando foram capturados pela polícia.
A mãe da jovem, Edna Girlene Gomes, relembrou o crime durante o julgamento e, ao final, com a sentença, disse que a justiça foi feita.
“Agora eu posso ficar mais em paz.”, disse.
da redação, com informações do G1