Lula quebra a internet e a 5ª série vai à loucura: precisamos aprender a usar as armas certas

A foto de um belo casal com a lua cheia ao fundo. Seria apenas mais uma demonstração de romance e paixão não fosse o tédio, a apatia, a pandemia, a falta de perspectivas, a ausência do carnaval e uma libido geral aprisionada por quase dois anos inseridos no pior momento político e social da nossa história.

Lula e sua noiva Janja conseguiram quebrar a internet. Acordamos nesta segunda-feira (23) completamente ensandecidos. A 5 ª série se uniu em torno dos memes e das piadas e pudemos constatar que sim, Lula está de malas prontas para o Palácio do Planalto, e com as coxas definidas. Muito bem definidas.

Sim amigas, amigos e amigues. Esse é um portal feminista (com muito orgulho). Abominamos qualquer demonstração de machismo ou símbolo masculino que denote violência, submissão e humilhação. Mas vamos refletir sobre um ponto: não vivemos uma situação normal.

A jornalista Nayara Felizardo, pelo twitter, resumiu muito bem essa narrativa. “Regredimos ao ponto de que isso se tornou importante pro discurso político e é a maior fragilidade do adversário (…) nada mais atinge o bolsonarismo do que as questões fálicas. Então, é preciso lutar com as armas que o enfraquece”.

“A virilidade entrou no campo da disputa política. É lamentável, é um retrocesso, mas é nesse lugar que estamos agora. E não vamos sair dele usando as mesmas estratégias de sempre. Não estamos em tempos normais, é preciso não esquecer disso.”

Em resumo, é isso.

Fazer foto segurando armas de fogo é sim uma demonstração de virilidade. A arma é o símbolo fálico de algo que eles julgam não ter. Tamanho nunca foi documento e jamais significou qualquer coisa para quem tem total consciência de que seu poder de sedução/persuasão/admiração depende muito mais de seu posicionamento e de suas ações diante do mundo. Quanto maior a arma, menor a “auto estima” e isso não é problema nosso. Quem tem questões com sua mala, que se resolva na psicanálise.

E se você se pergunta porque nós, um espaço tão feminista, entrou nessa onda, nós respondemos: porque isso atinge diretamente quem queremos atingir.

Nesse momento da nossa história, em que os argumentos baseados na ciência, nos fatos e nos dados já não alcançam o objetivo do debate ético e saudável, precisamos sim lutar com as armas certas.

E encerramos com o último argumento de Nayara Felizardo:

Combater o adversário com as armas que o enfraquece significa se tornar como ele? Não. O bolsonarismo é tão baixo, vil e abjeto que não é possível descer tanto a ponto que se igualar“.

 

Taty Valéria

 

 

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