No dia 25 de setembro de 2021, câmaras de vídeo de um estacionamento de um hospital particular na capital Goiânia/GO, mostram o médico Márcio Antônio Barreto Rocha, de 56 anos, numa discussão com sua ex- namorada, uma mulher de 39 anos. Dias antes, o casal estava discutindo sobre o fim do relacionamento, e naquela madrugada, decidiram terminar. Márcio já havia espalhado fotos íntimas da mulher e nas imagens captadas, é possível ver o momento em que ele pega a bolsa da vítima, joga papéis e objetos no chão, e a joga longe.
Em outro momento do vídeo, a vítima aparece correndo em direção ao carro. Marcio a puxa para fora do veículos, pelos cabelos. Após essas cenas, Márcio pega um revólver, aponta na boca da mulher, e dispara. Ela consegue desviar, mas o tiro acerta em sua perna.
O casal estava junto há quatro meses. A mulher relatou à polícia, logo após o crime, que já tinha sido agredida anteriormente, mas não denunciou o namorado por medo de uma suposta influência social e financeira que o médico possa ter para protegê-lo da investigação.
Poucos dias depois, a vítima tentou retirar a queixa contra o médico, mas as investigações da polícia continuaram e no dia 7 de outubro, o cirurgião plástico Márcio Antônio Barreto Rocha foi denunciado por tentativa de feminicídio.
Mas aí veio uma reviravolta.
Depois das audiências para ouvir as testemunhas e também o acusado, o Ministério Público pediu que o crime fosse mudado de tentativa de feminicído, com pena de até 20 anos, para lesão corporal, cuja pena é de até 3 anos.
A defesa também concordou com a mudança para o crime de lesão corporal. A sentença que desclassificou o crime foi dada no dia 8 de novembro e assinada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Como o caso não é tratado mais como tentativa de homicídio, o processo o caso ainda será enviado para o 4º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Márcio chegou a ser preso após a tentativa de feminicídio, mas agora o acusado aguarda o processo em liberdade.
com informações do G1 Goiás