Parlamentar foca na construção conjunta de estratégicas em defesa das mulheres
A deputada estadual Pollyanna Dutra propôs a realização de uma Audiência Pública no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para debater a violência obstétrica. Conforme a parlamentar, a medida tem o objetivo de buscar meios de efetivação de políticas públicas já existentes para que elas garantam a integridade física, sexual e psicológica da mulher no momento do parto.
De acordo com a deputada, por muitas vezes os protocolos médicos são usados como escudo para a prática de violência obstétrica. Ela destacou, dentre outros, pesquisas que apontam que uma em cada quatro mulheres declara ter sido vítima de violência obstétrica. “Exemplo disso ocorreu em São João de Meriti, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 11 de julho de 2022, quando um médico anestesista foi flagrado estuprando uma paciente que passava por um parto. O referido caso chocou toda sociedade diante da crueldade, tendo em vista que o mesmo sedava a paciente em demasia para cometer o crime, além de realizar tal atrocidade na sala de cirurgia com outras pessoas por perto”, justificou a parlamentar, em sua propositura,
A deputada ainda destacou a importância desses debates serem capitaneados por mulheres, motivo pelo qual reitera a necessidade de um número cada vez maior de espaços ocupados por mulheres. “Faço questão de destacar a importância das enfermeiras e técnicas na resolução do caso de estupro da mulher no RJ durante o parto. Foi devido a sua coragem, a sua atenção para com o próximo e ao seu olhar humano que hoje temos um violador de mulheres a menos em circulação. Que possamos ter, aos montes, amigas, colegas ou mesmo desconhecidas em hospitais, nas escolas, nos tribunais, na política sempre zelando por nós e que possamos zelar por outras mulheres. Eu me somo à corrente das mulheres que zelam pela vida das outras mulheres”, finalizou.
Conforme a deputada Pollyanna, a propositura da Audiência Pública, já apresentada na ALPB, deverá ser efetivada logo no retorno dos trabalhos legislativos, ao lado de outras matérias que estão sendo construídas pelo seu mandato, em conjunto com diversos órgãos, para a proteção e a defesa das mulheres e das mães paraibanas.
da assessoria