Mais um “caso isolado”
Fabiano Junior Garcia, de 37 anos, policial militar, lotado no 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), cumpriu plantão na quinta-feira (14) até por volta de 19 horas, em Toledo, no Paraná.
Ao voltar pra casa, atirou na esposa, Kassiele Moreira e uma filha do casal. Depois desse crime, Fabiano foi para a casa da mãe, Irene Garcia, onde a matou a facadas e, com arma de fogo, matou o irmão Claudiomiro. Ao sair na rua, Fabiano assassinou Kaio Felipe Siqueira da Silva e Luiz Carlos Becker, que não são da família e foram assassinados por estarem no lugar errado, na hora errada. Em seguida, Fabiano foi para a cidade Céu Azul, onde seus outros dois filho estavam na casa de tios, e os matou a tiros.
Fabiano pegou o caminho de volta pra casa, mas não chegou a sair do carro, pois cometeu suicídio.
Em nota, a Polícia Militar do Paraná disse estar “consternada” e que “lamenta profundamente o ocorrido”. De acordo com o Coronel Hudson Leôncio Teixeira, Comandante-Geral da PMPR, a motivação do crime seria o fato de que Fabiano não teria aceitado o fim do relacionamento.
Segundo Teixeira, foi com base em mensagens enviadas por Fabiano para alguns parentes que a corporação avaliou que o fim do casamento tenha motivado os crimes. Descrito como um “excelente policial”, Fabiano trabalhava na PM desde 2010. Sua função como motorista de oficial de serviço foi caracterizada como cargo de confiança, entregue aos “melhores policiais”.
“Então não havia nenhum indicativo fora essa questão da separação e algumas dívidas que ele tinha” afirmou Teixeira. “Causou estranheza, surpresa e decepção para todos nós essa situação”.
O comandante-geral disse ainda que está sendo aberto inquérito policial militar para apurar os fatos. Ele disse que a PMPR está prestando suporte psicológico para os familiares das vítimas e para os colegas de trabalho de Fabiano, que ficaram abalados com a tragédia.
De acordo com os relatos sobre como Fabiano se portou no dia anterior, Teixeira contou que ele trabalhou normalmente na quinta-feira. O PM deixou o serviço por volta das 19h e, às 23h, ligou para o cunhado. Até cerca de meia-noite, cometeu os crimes.