Por Priscila Werton
Pau-Brasil! Pau-Brasil!
Quem foi que te descobriu?
Independência ou morte?
Brochar é o que não pode
Monarquia no pote
Coração viril
Já vai tarde a colônia Brasil
Sem meios falos vos falo em aliteração
Esse fraquejado condecora a corrupção
Quer ganhar na bala ou nas bolas?
Melhor ficar em casa e fazer justiça
com as próprias mãos. Salve a ereção?
Respeita a eleição! Neofascismo não!
A ejaculação precoce de um discurso pueril
Para a celebração da disfunção erétil
Um presidente juvenil
Escancarou o órgão de prazer que o serviu:
a democracia
Abusada, violentada, ensanguentada.
Pau-Brasil, Pau-Brasil, a democracia está por um fio!
Do tronco do Pau-Brasil sai o sangue vermelho que a salva!
No fio de sangue se fia o Brasil feliz.
O Pau-Brasil é imbrochável, tora vermelha robusta molhada de tinta
A monarquia erguida pela escravidão dos sangue azul se finda
e no Brasil o azulzinho ergue a pinta do cidadão imbecil
O Pau-Brasil é imbrochável, forte e duro pintado de vermelho
E é de vermelho que se pinta a nação Pau-Brasil.
Imbrochável! Imbrochável! Imbrochável!
Pra quem precisa bravejar que é imbrochável, pra tapar a própria brochidão
Pega teus pica, caralho, cacete, rola e vai ser pervertido no intestino que te pariu!
Ninguém se importa com os centímetros que você mediu.
Eu quero é Pau-
Brasil!
Priscila Werton é médica, feminista, e defensora do SUS