Hoje vamos de poesia: PAU-brasil

By 13 de setembro de 2022Colunistas

Por Priscila Werton

 

Pau-Brasil! Pau-Brasil!

Quem foi que te descobriu?

Independência ou morte?

Brochar é o que não pode

Monarquia no pote

Coração viril

Já vai tarde a colônia Brasil

 

Sem meios falos vos falo em aliteração

Esse fraquejado condecora a corrupção

Quer ganhar na bala ou nas bolas?

Melhor ficar em casa e fazer justiça

com as próprias mãos. Salve a ereção?

Respeita a eleição! Neofascismo não!

 

A ejaculação precoce de um discurso pueril

Para a celebração da disfunção erétil

Um presidente juvenil

Escancarou o órgão de prazer que o serviu:

a democracia

Abusada, violentada, ensanguentada.

Pau-Brasil, Pau-Brasil, a democracia está por um fio!

Do tronco do Pau-Brasil sai o sangue vermelho que a salva!

No fio de sangue se fia o Brasil feliz.

 

O Pau-Brasil é imbrochável, tora vermelha robusta molhada de tinta

A monarquia erguida pela escravidão dos sangue azul se finda

e no Brasil o azulzinho ergue a pinta do cidadão imbecil

O Pau-Brasil é imbrochável, forte e duro pintado de vermelho

E é de vermelho que se pinta a nação Pau-Brasil.

 

Imbrochável! Imbrochável! Imbrochável!

Pra quem precisa bravejar que é imbrochável, pra tapar a própria brochidão

Pega teus pica, caralho, cacete, rola e vai ser pervertido no intestino que te pariu!

Ninguém se importa com os centímetros que você mediu.

 

Eu quero é Pau-

Brasil!

 

 

Priscila Werton é médica, feminista, e defensora do SUS

 

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