7 de novembro: Uma adolescente de 15 foi vítima de estupro coletivo na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Segundo a vítima, ela estava dormindo quando pelo menos nove rapazes chegaram e a acordaram. A menina acusa dois homens, de 20 e 22 anos, pelo abuso. Em vídeos que circularam nas redes sociais, ela aparece desacordada enquanto é violentada.
18 de dezembro: Em Recife, uma menina de 12 anos foi estuprada por cinco adolescentes. O crime, segundo a denúncia feita por uma mulher que se identificou como amiga da mãe da menina, teria sido cometido por rapazes entre 16 e 17 anos, todos menores de idade.
20 de dezembro: Uma menina yanomami de 11 anos foi vítima de estupro coletivo. O crime ocorreu na noite da última segunda (18) em um matagal próximo da Casai (Casa de Saúde Indígena) em Boa Vista, capital de Roraima. Dois adultos, de 21 e 27 anos foram presos e dois adolescentes, de 15 e 17 anos foram apreendidos.
Dados do Ministério da Saúde sobre a ocorrência de estupros coletivos no país desde 2011, apontam que em 2019, a pasta registrou 5.372 casos de estupros coletivos: 14 por dia, em média, um estupro coletivo a cada 1h40. Essa informação foi coletada de vítimas que buscaram um hospital para atendimento, o que significa, na prática, que o número pode ser ainda maior.
Os dados mostram que num período de oito anos, entre 2011 e 2019, o Ministério da Saúde registrou um total de 29.951 estupros com dois ou mais envolvidos em casos de violência interpessoal de natureza sexual. A soma é de casos suspeitos, apenas com a declaração da vítima no hospital e dos que foram confirmados pela polícia.
Além da perversidade da natureza do crime, os três casos apresentados, e que se tornaram de conhecimento público, apontam mais uma camada de violência: as principais de vítimas de estupro no país são crianças e adolescentes. De acordo com o Anuário de Segurança Pública de 2023, publicado em julho, das 74.930 vítimas de estupro, 61,4% tinham entre 0 e 13 anos de idade. Cerca de 10%, tinham menos de 4 anos.
com informações da Folha de S. Paulo, Brasil de Fato e O Globo
Vítimas e testemunhas de violência contra a mulher podem denunciar as agressões por meio da Central de Atendimento à Mulher (180). Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar (190), e para denúncias anônimas, a Polícia Civil (197). Para casos sem violência física ou sexual, pode ser registrado Boletim de Ocorrência on-line pelo site www.delegaciaonline.pb.gov.br. As denúncias também podem ser realizadas de forma presencial nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs).
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