Colaboração inclui diminuição da pena, que seria cumprida no Rio de Janeiro
Preso no Rio de Janeiro em 19 de março, após mais de 3 anos foragido, Eduardo do Santos Pereira, mentor da “Barbárie de Queimadas”, continua no estado e não há movimentações para retornar à Paraíba e cumprir o restante da pena.
Representantes de movimentos de mulheres e familiares das vítimas acompanham o caso com preocupação, especialmente sobre a possibilidade de diminuição de pena, e aguardam o retorno do criminoso ao estado.
De acordo com informações exclusivas, há uma movimentação para a formalização de uma colaboração com o Ministério Público do Rio de Janeiro, no sentido de que ele esclareça os detalhes da sua fuga do presídio PB1, em João Pessoa, e em troca, teria como benefícios cumprir a pena no Rio de Janeiro e ter sua pena diminuída.
Eduardo teria detalhado como conseguiu fugir de um presídio de segurança máxima na Paraíba, onde cumpria pena pelos assassinatos de Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, cinco estupros coletivos, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma.
Condenado a 108 anos de prisão em 2014, Eduardo fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1, em João Pessoa, em 17 de novembro de 2020, entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais naquele ano. De acordo com a investigação sobre a fuga, Eduardo, que trabalhava na cozinha, aproveitou a negligência de um policial penal que deixou as chaves em cima de uma mesa, e escapou pela porta lateral do presídio.
Durante a fuga, quatro policiais penais que estavam no local foram levados à Central de Polícia para prestar esclarecimentos. Um deles foi autuado por facilitação culposa e, posteriormente, foi indiciado por negligência em processo administrativo. Já o processo criminal sobre a facilitação da fuga de Eduardo foi encerrado com o pagamento de multa.
Taty Valéria
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