Andrea Ghez, Roger Penrose, e Reinhard Genzel são os ganhadores do Prêmio Nobel 2020 de Física, anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia nesta terça-feira (6), por descobertas sobre buracos negros, um lugar no espaço onde a gravidade é tão forte que nem a luz consegue escapar dela.
Andrea Ghez é a primeira mulher premiada neste ano e a quarta a ganhar um Nobel em Física na história do prêmio (desde 1901). Ela leciona na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos) e vai dividir o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 6,3 milhões de reais) com Penrose e Genzel.
“Estou animada em receber o prêmio – levo muito a sério a responsabilidade de ser a quarta mulher a ganhar o prêmio Nobel [em física]. Espero poder inspirar outras jovens mulheres para uma área que tem tantos prazeres, se você tem paixão pela ciência. Há muito para ser feito”, declarou a cientista.
“A descoberta de Andrea Ghez é na verdade a observação do movimento das estrelas em torno de algo extremamente massivo no centro da nossa galáxia. Tem uma comprovação da previsão. Tem a previsão matemática e a observação de um movimento em torno de algo que tem todas as características de um buraco negro. Ela só não afirma isso porque não viu o buraco negro – ela viu o movimento das estrelas em torno dele“, explica Eliade Ferreira Lima, astrofísica e professora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
Logo após a divulgação dos resultados, a cientista Andrea Ghez respondeu a uma pergunta sobre o assunto no buraco negro:
Ela disse: “Não sabemos o que está dentro do buraco negro – eles são uma decomposição da compreensão das leis da física.”
da redação, com informações do G1