Arlinda Marques passa a fazer exame de corpo de delito e BO de crianças e adolescentes vítimas de abuso

By 2 de fevereiro de 2021Paraiba

O abuso sexual de crianças e adolescente é um tema que sempre gera comoção e indignação. Para as vítimas, além do sofrimento da violência em si, existe o medo de contar, e quando contam, o calvário do sistema. A criança precisa ser examinada no IML, a família precisa ir numa delegacia prestar queixa, em alguns casos, elas precisam de atendimento hospitalar… um processo longo e que também violenta.

O Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva), que funciona no Complexo de Pediatria Arlinda Marques – unidade integrante da Secretaria de Estado da Saúde –, passou a oferecer no mesmo espaço os serviços dos órgãos de Segurança Pública e exames periciais com a inauguração do Centro de Atendimento Integrado (CAI), nesta segunda-feira (1º).

Agora, além de receber os serviços de saúde e assistenciais, as crianças e adolescentes vítimas de violência, por exemplo, poderão fazer os exames periciais dentro do próprio ambulatório no Arlinda Marques e seus pais prestarem queixa da ocorrência no mesmo local. São três salas disponibilizadas para o serviço, que funciona em parceria com as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Humano e da Segurança e Defesa Social e Ministério Público.

“A ideia é aproximar, fisicamente, as instituições que já fazem parte da Rede de Cuidado e de Proteção Social, do qual o Amviva faz parte, ou seja, dentro do Arlinda passará a funcionar uma delegacia de polícia e o IPC, facilitando para que as vítimas não necessitem ir em vários lugares, prolongando mais ainda o sofrimento”, explicou o diretor geral do Complexo, Claudio Régis.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Humano, Tibério Limeira, deu ênfase ao trabalho em parceria. “Somente assim que a gente faz o enfrentamento de realidades tão duras como é a violência contra crianças e adolescentes”, frisou.

A promotora Juliana Couto disse que o serviço será um marco no combate à violência contra a criança e adolescente. “Juntos, vamos dar um fim a essa situação e parabenizo o Governo do Estado por acolher tão bem essa proposta de oferecer, num só lugar, vários atendimentos para as vítimas”, falou.

O serviço atende crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos, 11 meses e 29 dias, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O atendimento ocorre tanto por encaminhamento ou por demanda espontânea.

da Secom/PB

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