Mais de 87% dos casos de violência ou abuso sexual contra crianças e adolescentes, são praticados por homens dentro da casa das vítimas. Diagnóstico é da ONG Francesa, em parceria com a Prefeitura de Campina Grande.
A Ong ESSOR, uma Associação de Solidariedade Francesa Internacional, com sede no Brasil, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA), ligado à Prefeitura de Campina Grande, por meio da Semas, realizou na última semana o lançamento do “Diagnóstico da Situação de Crianças e Adolescentes no Município De Campina Grande”.
A pesquisa é resultado das ações do Projeto Empoderar, desenvolvido pela ONG entre 2020 e 2021, e tem como objetivo mapear violações de direitos de crianças e adolescentes no município de Campina Grande, e está disponível nas redes sociais da ESSOR BRASIL.
Transmitido pelas redes sociais da ONG, de forma semipresencial em uma escola de idiomas na cidade, o evento reuniu diversas autoridades ligadas à Rede de Proteção da Criança e do Adolescente, à exemplo de Valker Neves, Secretário de Assistência Social (SEMAS); Perilo Lucena, Juiz da Vara e da Infância/CG; Juliana Couto Sarda, da Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente -CG; Renata Andrade, Coordenadora do Conselho de Direito e Defesa da Criança e do Adolescente-CMDDCA/CG; Jamil José Camilo, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes/PB e Raquel Freitas, representante do Itaú Social.
Na pesquisa de campo realizada em 09 bairros da cidade e no distrito de São José da Mata, foram feitos levantamentos de dados estatísticos nas áreas da saúde, educação, trabalho infantil, criança em situação de rua, entre outros, a partir de fontes oficiais desses indicadores. Também foram levantados os principais tipos de violações de direitos envolvendo crianças, adolescentes e familiares como: Negligência, Violência Física, Psicológica, Violência Sexual do tipo abuso e Trabalho Infantil.
De acordo com o coordenador da ESSOR no Brasil, Frederic Barbotin, “a partir do diagnóstico, é possível observar que ainda existem muitos tipos de violações de direitos, com destaque para os casos de negligência, trabalho infantil e principalmente violência e abuso sexual. São situações complexas e muitas vezes invisíveis, ficando difícil de serem acompanhadas ou até mesmo evitadas”, argumentou.
Segundo Uelma Alexandre, diretora de Proteção Especial Básica de Alta e Média Complexidade, que representou o secretário Valker Neves da Semas, “ficamos felizes com o trabalho da ESSOR, já que esse é o primeiro Diagnóstico do município. Os resultados só nos mostram a importância de buscarmos outras formas e caminhos eficazes de garantir os direitos das crianças e adolescentes”, pontuou.
Já Renata Andrade, coordenadora do Conselho Municipal de Direito e Defesa da Criança e do Adolescente – CMDDCA, destacou que “a partir desse resultado, o Conselho terá um olhar ainda mais atento a questão do fluxo de atendimentos à criança e adolescente. Muitas vezes o profissional que está na ponta executando a política de atendimento, não está preparado para lidar com determinadas situações que surgem no dia a dia, por isso precisamos rever esse atendimento”, ressaltou.
da assessoria