Mulheres quebram preconceito, conquistam espaço e viram exemplo na área de investimentos

By 6 de julho de 2019Lute como uma garota


Eufrásia? Quem foi Eufrásia? Resultado de ampla pesquisa que lhe custou anos de envolvimento acadêmico e pessoal, Mariana Ribeiro, com a ajuda das amigas Ítali Collini e Elaine Fantini, trouxeram a público em março desde ano a biografia da primeira investidora mulher no Brasil, #QUEROSEREUFRASIA (Amazon Kindle): Eufrásia Teixeira Leite, que entre o final do século XXI e início do XX deu início secretamente (pois este direito só era concedido aos homens) a uma maior participação feminina em um mundo que, séculos depois, ainda é predominantemente masculino.

Hoje, somente 15% do total de analistas financeiros do país são mulheres, segundo levantamento da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais). Já em bancos de investimentos, sua representatividade não passa de 10%. Se contarmos o total de CPFs de investidoras na B3, o número sobe para 21%, e com CFP® (Certified Financial Planner), a mais respeitada certificação global para atuar como planejador financeiro, as mulheres são 37% do total de 4 mil membros da Planejar ( Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).

Para fazer frente a este bloqueio, Mariana Ribeiro, que teve seu primeiro estágio profissional em uma corretora de valores que operava mercado americano, fundou em outubro do ano passado o Financial Feminism Brasil, um movimento de “ocupação das mulheres”.

O Movimento tem estimulado novas entrantes no mundo dos investimentos. Mas como, em geral, elas têm menos propensão a risco, preferem aplicar seus recursos em investimentos mais conservadores. A pesquisa de raio-x feita pela Anbima (Associação Brasileiras das Indústrias dos mercados de Capitais e Financeiro) mostra que a representatividade por gênero entre esses investidores é praticamente meio a meio.

“A mulher é mais calma no processo. Menos agressiva e investe mais lentamente para, muitas vezes, chegar a um resultado melhor”, explica Ana Leoni, superintendente de educação da Anbima.

“As mulheres, se casadas, privilegiam investir para o futuro dos filhos. Se solteira e jovem, investe na carreira. Mas o fato é que elas sempre ponderam, perguntam mais e têm mais humildade em dizer que não entenderam”, pontua Ana.

Este perfil de investidora, coincide com o da advogada Cintia Falcão, da ACREFI (Associação Nacional das Empresas de Crédito, Financiamento e Investimento), que, apesar de ter entrado cedo no mundo das finanças, se diz conservadora com suas aplicações. “Prefiro ser cautelosa com meu dinheiro e separo um percentual pequeno para correr risco”. Hoje, 70% de seus recursos estão aplicados em renda fixa, 20% em fundos multimercados e 10% em alto risco.

Como toma as próprias decisões de investimentos, Cintia resolveu, depois de formada e já pós-graduada em sua profissão, fazer dois anos de MBA em Finanças no Insper, em 2008.

“A especialização abriu a minha mente. Comecei a entender e tomar gosto. Percebi como poderia usar este conhecimento em meu benefício para realizar sonhos”, explica a advogada, que teve seu primeiro emprego assim que terminou a faculdade no banco Votorantim, como assistente jurídica.

No começo, conta que era assustador, porque o ambiente era predominantemente masculino. “Eu trabalhava na consultoria na área de negócios para o varejo e a partir daí comecei a entender melhor como os produtos financeiros são montados e como funcionam para dar lucro”. Cintia explica que hoje a tecnologia ajuda muito não só nas aplicações por meio das plataformas de investimentos, mas também nas finanças domésticas. “Dá para comparar preço de tudo sem sair de casa.

Do Projeto Draft

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