Dor, frustação e sem clímax! Mais da metade das brasileiras não tem o que celebrar no Dia do Orgasmo

By 31 de julho de 2019Brasil


Comemorado nesta quarta-feira (31), o Dia mundial do Orgasmo é algo que nem todas as mulheres conseguem celebrar. Segundo o estudo de Transtornos Sexuais Dolorosos Femininos do ProSex realizado pela USP, 55% das mulheres brasileiras não atingem o
orgasmo durante a relação sexual. O principal fator, dentre outros, é a dor sentida durante o sexo, que atinge 59% delas.

O levantamento ouviu 3.000 participantes com idade entre 18 e 70 anos. Foram avaliados voluntários de sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal.

“Antes de buscar o prazer a mulher deve buscar tratamento para se livrar da dor, para que esta associação ou memória de dor relacionado ao sexo deixe de existir”, diz a sioterapeuta pélvica Debora Pádua. “Como a mulher pode sentir prazer se ela sente dor?”.

Segundo a prossional, a dor é decorrente, na maioria dos casos, por transtornos como o vaginismo, dispareunia ou a vulvodínia. As causas podem ser das mais variadas, desde infecções até a endometriose e doenças do aparelho urinário, mas principalmente por problemas psicológicos como traumas, abusos e educação rígida.

“Ao procurar por tratamento, pode ser difícil para o prossional distinguir com exatidão qual é o distúrbio, pois todos estão relacionados à dores. Não apenas durante o sexo, mas ao tentar introduzir um absorvente, dedos, ou especulo durante exame de rotina”, diz Pádua. “Não é comum sentir dores na relação e não é vergonhoso compartilhar com um especialista”.

OS PRINCIPAIS TRANSTORNOS QUE IMPEDEM O ORGASMO FEMININO

VAGINISMO
São espasmos involuntários recorrentes que contraem a vagina. A reação imediata
são dores durante a penetração ou em exames ginecológicos. Pode ser causado
por infecções, lesões, traumas ou repressão sexual – o inconsciente pode fazer
com que a mulher contraia a musculatura do canal vaginal

DISPAREUNIA
Caracteriza-se pela dor recorrente no canal vaginal, que pode ocorrer antes,
durante ou após a penetração. Pode ser causado por problemas clínicos, infecção,
herpes ou outras DSTs.

VULVODÍNIA
Sem cura, mas com tratamento, o transtorno caracteriza-se pela dor e ardência do
lado de fora do canal vaginal. Algumas mulheres relatam a sensação da pele estar
“em carne viva”.

Da Folha de SP

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