Mandato coletivo de mulheres em Pernambuco: a Paraíba poderia entrar nessa “onda”

By 25 de setembro de 2019Lute como uma garota
Coletivo Juntas

De autoria do Juntas (PSOL), o projeto de lei estadual que proíbe qualquer tipo de homenagem, por parte da administração pública, ao período do Governo Militar brasileiro foi promulgado em Pernambuco. O governador Paulo Câmara, que poderia vetar ou sancionar a proposta, absteve-se de tomar uma ou outra posição.

Outro posicionamento que causou surpresa no referido projeto de lei foi a proibição de que logradouros públicos recebam certos nomes. Se houver entendimento de que alguém violou direitos humanos durante o Governo Militar, o nome de tal indivíduo não pode ser dado a uma rua ou edifício, por exemplo.

Dos 49 deputados, apenas 24 participaram da votação da propositura do Juntas. A grande abstenção foi justificada pelo teor polêmico do texto. Entre os parlamentares presentes à sessão, 9 foram contra e 15 subscreveram o projeto de lei do PSOL. A lei estadual foi publicada no Diário Oficial do estado no último sábado (21).

O mandato coletivo Juntas, é um grupo de cinco mulheres que ocupa uma das 49 cadeiras no Legislativo de Pernambuco. Filiado ao PSOL, foi eleito com 39.175 votos.

O Juntas é formado pela jornalista Carol Vergolino, pela estudante de letras Joelma Carla, pela ambulante Jô Lima, pela professora Kátia Cunha e pela advogada Robeyoncé Lima, a primeira transexual do Norte e Nordeste do país a usar o nome social na carteira da Ordem dos Advogados do Brasil.

A Paraíba bem que podia seguir a sugestão. Margarida Maria Alves, Elizabeth Teixeira, Luíza Erundina, só pra ficar nas ícones, são provas mais que suficientes de que a militância política está na veia da mulher paraibana. Dê uma olhada em volta, quantas mulheres incríveis você conhece?

Da redação

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