“Avançamos nos direitos das mulheres, mas ainda há muito a ser feito”, diz Pollyanna Dutra

By 8 de março de 2020Lute como uma garota

No dia da mulher, parlamentar ressalta necessidade de maior estímulo ao empoderamento feminino

Neste domingo, dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data marca o avanço das lutas e das conquistas femininas a diversos direitos, contudo, para a deputada Pollyanna Dutra, o dia não deve ser apenas comemorativo, mas sim, acima de tudo, reflexivo. “Avançamos nos direitos da mulher, mas ainda há muito a ser feito”, destacou a parlamentar, que reiterou a necessidade de um estímulo do poder público ao empoderamento e à participação feminina nos espaços de poder.

“Esse é o momento de pararmos de fazer as nossas reflexões individuais e pensarmos coletivamente, juntas. Avançamos, mas não podemos continuar a avançar de qualquer jeito. Estão matando nossas mulheres só pelo fato de serem mulheres. A Paraíba está avançando, de fato. Temos diminuído o feminicídio, mas o ideal é que não morra nenhuma mulher pelo simples fato de ser mulher. Eu sou mãe de mulher e fico preocupada com o que minha filha encontrará na sociedade. Quais as histórias que estão sendo construídas e o que nós estamos construindo de nós mesmas? Nossa participação nos espaços de poder não pode ficar restrita à nossa casa, ela precisa ser contada. Não é só ocupar, mas fazer valer, fazer a diferença”, comentou a deputada.

Pollyanna Dutra lembrou casos de violência enfrentados diariamente por mulheres. Conforme a parlamentar, as mulheres representam 51% da sociedade e ainda enfrentam situações de exclusão, das quais 40% já sofreram algum tipo de violência e 18% vive em situação de violência. “Sem falar na violência obstétrica. 56% dos nossos partos são cesáreos e uma em cada 4 mulheres é vítima da violência obstétrica. Quando são mulheres negras é ainda pior. Essas violências não só são reais, mas nos ferem, diariamente”, afirmou.

Para a deputada, o momento de polarização que o país vive traz um sentimento latente e necessário: a sororidade, sobretudo partindo das mulheres que ocupam espaços de poder. “Ocupamos os espaços de poder para fazer a diferença e acrescentar algo novo na nossa história política da Paraíba. Precisamos avançar ainda mais. Isso é necessário. Política é lugar de mulher também. Precisamos usar esses espaços de poder para avançar, precisamos praticar a sororidade, estimular a emancipação e fazer disso uma alternativa para saída de ciclos de violência e de pobreza. Precisamos, nós, que ocupamos espaços de poder, corrigir direitos que foram negados às nossas mulheres. Quando fazemos isso, quando empoderamos as nossas mulheres, não só mudamos uma vida, mas ajudamos a mudar o mundo”, finalizou.

ascom

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