“Patrícia ajeitou o cabelo, fez as unhas, pediu autorização da mãe, e viajou sozinha para outro estado, pela primeira vez”. Assim começou a entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (28), no auditório da Central de Polícia, em João Pessoa, que esclareceram a ação conjunta para elucidação do crime que vitimou Patrícia Roberta.
A delegada Emília Ferraz, da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, refez a cronologia dos passos de Patrícia desde que saiu de Caruaru, sua chegada em João Pessoa e o desfecho trágico.
De acordo com a delegada, Jonathan Henrique dos Santos combinou de pegar a jovem na rodoviária, às 10h da manhã da sexta-feira (23). Ele não estava lá, mas chamou um transporte aplicativo para Patrícia. No sábado pela manhã, Patrícia entrou em contato com a mãe, e uma prima, quando se mostrou triste. Segundo Patrícia, Jonathan havia combinado de sair para passear e conhecer a cidade, mas ao invés disso, deixou a moça trancada até o domingo pela manhã, e esse foi o último contato de Patrícia com a família.
Emília Ferraz afirmou durante a coletiva, que Jonathan é acusado de feminicídio e ocultação de cadáver. Outras 9 pessoas estão arroladas como testemunhas.
Patrícia Roberta era amiga de infância de Jonathan Henrique. Os dois estudaram juntos em Caruaru, mas perderam contato após Jonathan se mudar para João Pessoa. Foi preso no fim da noite de ontem (27), na casa de um amigo no bairro de Mangabeira III, em João Pessoa. Este amigo foi ouvido e liberado. Na delegacia, acompanhado de uma equipe de advogados, o suspeito ficou calado.
Jonathan, que não gostava do nome, e se apresentava como Natan, irá passar pela audiência de custódia ainda na tarde desta quarta-feira.
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