O mundo não é um lugar seguro para as mulheres: o que o Caso Patrícia nos deixa de lição?

Uma jovem que viaja para outra cidade e fica hospedada na casa de um amigo. O final, como todos sabemos, terminou em tragédia.

Patrícia Roberta, natural de Caruaru, veio a João Pessoa para se encontrar com Jonathan Henrique G. dos Santos. Depois de alguns telefonemas e mensagens trocadas com a mãe, em que se mostrou aflita e afirmou estar presa no apartamento, Patrícia foi encontrada morta no início da tarde desta terça-feira (27). Jonathan Henrique e mais um cúmplice foram presos no final da noite.

O que esse caso nos deixa de lição? Não confiar em ninguém? Não viajar sozinha? Não ter amigos homens que moram em outra cidade? Colocar a culpa dessa tragédia na vítima é sempre o caminho mais fácil. Mas o que de fato essa história nos deixa como aprendizado é bem mais simples:

Para as mulheres, independentemente da situação, tenham sempre uma rede de apoio.

Não estamos dizendo aqui que as mulheres devam se trancar em casa para se proteger. Mas é imprescindível ter uma rede de apoio e proteção para buscar socorro, se precisar.

Se for viajar sozinha:

Pesquise o destino e o local onde vai se hospedar: onde fica o bairro? Quais as linhas de ônibus? É fácil chamar um Uber? Tem sinal de celular? Como é a vizinhança? Se for uma casa ou apartamento, como funciona a segurança? Alguém vai ficar no mesmo local/quarto? Quem é ou quem são essas pessoas?

Evite se deslocar sozinha e à noite, especialmente se você estiver hospedada em local com pouco fluxo de comércio e de pessoas

Deixe uma cópia do itinerário com alguém: às vezes não dá pra adivinhar que um passeio sensacional vai surgir fora da sua programação e nesse caso, avise à alguém. No geral, deixe seu caminho já avisado.

Evite que as pessoas vejam que você está sozinha: mulheres que moram sozinhas costumam inventar um pai, irmão ou marido imaginário. Em casos de perguntas suspeitas, diga que está com sua turma.

Use apenas serviços de transporte oficiais. Ubber, táxis credenciados, ou mesmo o velho busão. Não saia num carro com uma pessoa aleatória.

Você se perdeu? Não fique parada no meio da rua, nem tire o celular da bolsa. Procure uma farmácia, uma padaria, um mercadinho, qualquer lugar que você se sinta minimamente segura.

Combine com alguém uma palavra do pânico. Em caso de perigo, em que você (que as deusas nos livrem) não possa falar o que está acontecendo, a palavra do pânico vai deixar a outra pessoa ciente que algo errado está acontecendo.

Você chegou no local que vai ficar hospedada e sente que tem algo muito estranho no ar? Confie nos seus instintos.

O mundo não é um lugar seguro para as mulheres, e enquanto a cultura ainda nos violenta todos os dias, é imprescindível nos assegurarmos da nossa própria proteção.

 

da redação, com informações do portal Escolha Viajar

 

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