Homem é condenado a 23 anos de prisão pelo assassinato da ex namorada; crime não foi considerado feminicídio

Era outubro de 2020 quando Viviane Alves Farias, de 18 anos, se tornou mais um vítima de feminicídio na Paraíba. A jovem foi assassinada com um tiro na cabeça, disparado pelo ex-namorado, Arthur Lima Aires, de 23 anos. Desde o crime, ele estava preso. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (2), durou mais de 12h, e Arthur foi condenado a 23 anos de prisão pelo júri popular. No entanto, a tese de feminicídio, apresentada pelo Ministério Público não foi acolhida pelo conselho de sentença. A promotora Luciara Moura disse acreditar que o réu teve uma pena merecida.

“Os jurados reconheceram a torpeza desse crime, por motivo vil e ignóbil”, destacou.

Após o término do namoro, Viviane começou um novo relacionamento. Arthur não aceitava o fim do namoro. A vítima estava em um carro, com o novo namorado e algumas amigas, quando Arthur chegou armado e teve uma discussão com o então namorado da vítima. Quando Viviane tentou defendê-lo, o ex atirou na cabeça dela. Testemunhas relatam que ele teria apontado a arma para vítima, que morreu com um tiro de pistola na cabeça. Arthur estava preso desde o dia do crime.

A mãe da vítima, Jane Barbosa, ressaltou que esperava que o réu fosse julgado pelo feminicídio. “Mas eu estou satisfeita. Minha filha não volta mais, mas a justiça foi feita. Ainda hoje nós vivemos abalados, pensando em como seria a vida dela”, disse.

O advogado do réu, Rômulo Palitot, afirmou que irá apresentar recurso contra a decisão ainda nesta sexta-feira (3). A defesa afirmou que não havia intenção de atirar.

 

da redação, com informações do g1/PB

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