Agricultoras familiares da Paraíba se reúnem na FETAG-PB para debater a participação das mulheres na política

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres representam mais da metade da população brasileira e 53% do eleitorado. No entanto, elas ocupam apenas 20% dos cargos eletivos.

Atualmente, temos apenas 91 (17,7%) mulheres na Câmara Federal, no total de 513 deputados (as) e 10 mulheres no Senado Federal (12,3%), no total de 81 senadores (as) e apenas 2 governadoras eleitas no último pleito.

Nas eleições de 2020, 677 mulheres foram eleitas prefeitas no país (12,2%). Dos 58.208 vereadores (as) eleitos (as) em 2020, somente 9 mil eram mulheres, representando 16% do total, sendo 6,3% mulheres negras. Dos 5.567 municípios brasileiros, 900 não tiveram nenhuma vereadora eleita. Na Paraíba, foram eleitas como vereadoras, segundo dados do TER-PB, apenas 404.029 (19,28%), enquanto homens eleitos foram 1.691.756 (80,72%). Em relação a prefeitas, foram eleitas 410.833 (18,03%) e prefeitos eleitos chegou a um percentual de 81,97% (1.867.690).

Para discutir esta realidade e buscar ampliar a participação das mulheres na política, especialmente as produtoras rurais e as agricultoras familiares, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da Paraíba (FETAG-PB) realiza no dia 13 de março, às 9h, no auditório da Federação, a mesa de diálogo “Mulheres na Política: a participação das Agricultoras familiares nas Eleições municipais de 2024.” O evento é alusivo ao 8 de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher, e terá como palestrante a vereadora pelo município de Campina Grande, Jô Oliveira, do PC do B.

A escolha do tema deste ano pelas agricultoras familiares em todo Brasil, “Mulheres na política, muda a política e constrói o Bem Viver”, faz parte de um dos eixos da Plataforma Política da Marcha das Margaridas, elaboradas pelas agricultoras familiares. O tema volta a pauta por neste ano serem realizadas em todo o Brasil eleições municipais.

As dificuldades encontradas pelas mulheres para ocupar espaços de poder ou de ter voz ativa nas decisões políticas coloca-as à margem dos processos de elaboração das políticas públicas, enfraquecendo a democracia. Desta forma, é importante as agricultoras familiares ocuparem espaços de poder e de decisão na esfera pública, seja no Poder Executivo ou no Legislativo, apropriando-se deste debate, na perspectiva de conquistar um mundo melhor para população do campo, através da igualdade de oportunidades.

 

da assessoria da FETAG-PB

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